Você já se perguntou como a retomada das sustentações orais pode mudar o rumo de um processo que envolve um ex-presidente e militares ao se tornarem reus conhecidos do grande público?
O Supremo Tribunal Federal retoma hoje a análise do caso. A sessão da 1ª Turma será presidida por Cristiano Zanin. Alexandre de Moraes atuará como relator. No primeiro dia, foi lido o relatório e a sustentação da Procuradoria-Geral da República pelo procurador-geral Paulo Gonet.
Agora, o foco é claro: o STF retoma o julgamento de Bolsonaro com defesa. As novas alegações orais do núcleo principal do processo judicial estão no centro. As defesas que já iniciaram suas sustentações seguem na ordem prevista. A sessão deve se estender até às 12h, com possibilidade de retomada em datas seguintes.
Principais pontos
- Onde acompanhar ao vivo e o que observar durante a retomada do julgamento.
- A importância das sustentações orais para o rumo do processo judicial.
- Quem participa na 1ª Turma e quais peças já foram apresentadas ao Supremo Tribunal Federal.
- Previsão de continuidade das sessões e impacto das decisões sobre preliminares.
- Como a presença do ex-presidente e das defesas pode influenciar o calendário do julgamento.
Contexto do caso e histórico das investigações
Este texto te dá uma visão geral sobre como as investigações começaram. Elas começaram em 2022 e cresceram com a ajuda da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República.
As investigações focaram em seis áreas importantes. Elas incluíam desinformação, incitação de militares e medidas coercitivas. A Polícia Federal indiciou 37 pessoas até novembro de 2024.
Dois eventos marcaram as investigações. As operações Tempus Veritatis e Contragolpe trouxeram provas e prisões. Essas ações influenciaram o inquérito.
Na operação Contragolpe, cinco pessoas foram presas. Eles estavam envolvidos em um plano para derrubar o governo. O plano incluía tentar matar o presidente eleito e outros.
Em fevereiro de 2025, a PGR pediu que Bolsonaro e 32 outros fossem julgados. Eles foram acusados de tentar derrubar o governo e de danificar patrimônio público.
Em março de 2025, o STF aceitou a denúncia. Bolsonaro e sete pessoas foram considerados réus. A Corte rejeitou argumentos das defesas sobre suspeição e incompetência.
| Marco | Data | Impacto |
|---|---|---|
| Início das apurações | 2022 | Abertura de inquéritos e primeira coleta de provas |
| Encerramento do inquérito | Novembro de 2024 | Indiciamento de 37 pessoas e conclusão da PF |
| Operações policiais | 2023–2024 | Operações Tempus Veritatis e operação Contragolpe com prisões e apreensões |
| Denúncia da PGR (Pet 12.100) | Fevereiro de 2025 | Acusações formais contra Bolsonaro e 32 outros |
| Recebimento pelo STF | Março de 2025 | 1ª Turma recebe a denúncia; réus formalizados |
Enquanto o STF julga Bolsonaro, o histórico mostra um caminho de investigações. O processo envolveu ações policiais e decisões importantes da corte.
Quem são os réus no banco: perfis e cargos

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Você vai conhecer os principais réus do STF. O caso envolve o ex-presidente, acusado pela Procuradoria-Geral da República. Ele é acusado de liderar ações que visavam quebrar o sistema institucional.
Além disso, há militares, ex-ministros e membros do chamado núcleo duro. Eles são parte do caso que está em debate em Brasília.
Jair Bolsonaro: papel atribuído pela acusação
A PGR diz que o ex-presidente liderou a trama. Ele teria buscado desacreditar o resultado eleitoral. Também teria pressionado as Forças Armadas e preparado decretos para uma ruptura.
Militares e ex-ministros: Augusto Heleno, Paulo Sérgio, Walter Braga Netto
Na lista estão o general Augusto Heleno, o general Paulo Sérgio Nogueira e o general Walter Braga Netto. A PGR afirma que eles participaram da estratégia para contestar a eleição de 2022.
As defesas dos militares argumentam que suas ações foram parte da rotina. Eles querem provar que não houve intenção de golpe.
Outros réus do chamado “núcleo duro”: Mauro Cid, Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres
Mauro Cid e Alexandre Ramagem fazem parte do núcleo duro. Cid está no centro de discussões processuais. Ramagem, agora deputado, tem acusações patrimoniais suspensas.
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Almir Garnier e Anderson Torres também estão na lista. Eles são acusados de organização criminosa e tentativa de derrubar o Estado Democrático de Direito.
STF retoma julgamento de Bolsonaro com defesa de ex-presidente e outros 3 réus;
A 1ª Turma do STF retoma o julgamento com quatro sustentações orais na manhã. A turma definiu a sequência das defesas e o tempo para cada. Isso vai influenciar o ritmo do julgamento político.
Agenda do dia: sustentações orais previstas
Quatro sustentações orais estão marcadas para a manhã. Cada defesa terá até uma hora para falar, seguindo o rito do caso.
Ordem das defesas e tempo destinado a cada sustentação
A ordem das defesas foi ajustada para equidade. A defesa de Augusto Heleno começa primeiro.
Depois, falará o ex-presidente Jair Bolsonaro. Em seguida, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto.
Cada advogado terá até sessenta minutos para argumentar. Essa ordem visa equidade e clareza para os ministros.
Expectativa sobre a conclusão das sustentações e passagem para os votos
Após as sustentações, o relator Alexandre de Moraes vai começar a votar. Ele pode decidir sobre preliminares imediatamente ou juntar com o mérito.
A sessão será suspensa às 12h. A continuação está marcada para 9 de setembro. Essa programação afeta quando os votos serão proferidos e se haverá adiamento.
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| Item | Detalhe | Impacto no julgamento |
|---|---|---|
| Agenda do julgamento | Quatro sustentações orais na manhã | Concentra debates iniciais e define ritmo |
| Sustentações orais | Tempo máximo: 60 minutos por defesa | Permite exposição detalhada das teses de defesa |
| Ordem das defesas | Augusto Heleno, Jair Bolsonaro, Paulo Sérgio, Walter Braga Netto | Sequência aprovada pela 1ª Turma; influencia estratégia |
| Suspensão da sessão | Interrupção às 12h; retomadas em 9, 10 e 12 de setembro | Fraciona os debates e pode alterar calendário de votos |
| Expectativa processual | Relator pode decidir preliminares ou levá-las ao mérito | Afeta prazo para conclusão e possibilidade de adiamento |
Dinâmica do julgamento na 1ª Turma do STF

Você vai ver como funciona o julgamento na 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal. O processo segue as regras do regimento interno STF e da lei 8.038/90. Isso garante um debate justo e votação.
O processo inclui a leitura do relatório, sustentação das partes e votação. Compreender cada etapa ajuda a entender o caso.
Rito previsto pelo regimento interno e pela lei 8.038/90
O regimento interno STF e a lei 8.038/90 estabelecem as regras do processo. Primeiro, o relatório é lido. Depois, a Procuradoria-Geral da República faz sua sustentação.
As defesas têm a oportunidade de falar. Em seguida, o relator inicia os votos. Os outros ministros votam depois.
Etapas já cumpridas: relatório do relator e sustentação da PGR
Até agora, o relator Alexandre de Moraes leu o relatório. Paulo Gonet fez a sustentação da PGR.
Defesas de Mauro Cid, Alexandre Ramagem, Almir Garnier e Anderson Torres também falaram.
Próximas fases: preliminares, votos e possibilidade de adiamento
Depois das sustentações, Moraes vota. Ele pode analisar as preliminares logo ou esperar para o mérito.
Essa decisão muda a ordem dos votos. Isso pode levar a pedidos de adiamento. A sequência inclui votos de Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.
A turma pode pausar sessões, retomar depois ou marcar novas datas. Isso explica por que o julgamento de Bolsonaro é retomado e por que os prazos mudam.
Acusações e penas atribuídas pela PGR
Você vai saber das principais acusações feitas pela Procuradoria-Geral da República. Elas envolvem crimes graves contra a democracia e o patrimônio público.
Tipificação dos delitos
A PGR acusa os réus de tentar um golpe de Estado. Esse crime é punido com 4 a 12 anos de prisão. Também há a tentativa de acabar com o Estado Democrático, punida com 4 a 8 anos.
Outro ponto importante é a organização criminosa armada. Segundo a Lei 12.850/13, a pena é de 3 a 8 anos. Se alguém liderar o grupo, a pena pode ser ainda maior.
Outros crimes citados
A PGR também fala em danos ao patrimônio público. Inclui dano qualificado à União e deterioração de patrimônio tombado. As penas variam, mas podem somar com as penas principais.
Intervalos penais e limites legais
Em teoria, as penas podem chegar a 40 anos. Mas a lei brasileira limita a 40 anos. Isso é importante para entender o impacto real das penas.
Impacto prático de eventual condenação
Uma condenação não significa que a pena comece imediatamente. O Supremo Tribunal Federal só começa a aplicar a pena após o trânsito em julgado. A PGR pediu a condenação de todos os réus, incluindo Jair Bolsonaro.
Enquanto o stf retoma o julgamento, fique de olho nas decisões. Elas podem mudar o curso do processo e as penas práticas.
Argumentos das defesas e teses apresentadas em sessão
As defesas apresentaram argumentos importantes no plenário. Elas buscam criar dúvidas sobre a validade das provas. Também questionam pontos processuais e protegem direitos legais.
Principais preliminares: nulidades, cerceamento e incompetência
As defesas focaram em nulidades processuais, como a contestação de colaborações. Elas querem anular provas que violam garantias constitucionais.
As defesas também alegaram cerceamento de defesa em pontos do inquérito. Pediram declaração de incompetência da Corte para alguns atos. Eles pediram a exclusão de provas técnicas e obtidas sem garantias.
Repetição de argumentos já apresentados nas alegações finais
As defesas repetiram pontos já apresentados nas alegações finais. Essa estratégia reforça suas narrativas e preserva recursos para futuros recursos.
Essa prática busca consolidar argumentos para instâncias posteriores. Assim, as defesas podem ter mais chances de sucesso.
Reação ao relatório de Alexandre de Moraes e à sustentação da PGR
As defesas criticaram o relatório do relator, apontando falhas formais. Elas questionaram a valoração das provas. A tática foi mostrar inconsistências e pedir rigor técnico.
A PGR foi respondida com foco em nulidades processuais e cerceamento de defesa. A advocacia criminal busca preservar direitos e evitar prejuízos processuais.
| Tema | Tese das defesas | Objetivo prático |
|---|---|---|
| Nulidades processuais | Impugnação de colaborações e atos de prova por vícios formais | Excluir provas e enfraquecer a acusação |
| Cerceamento de defesa | Alegação de restrição ao direito de produção de prova e manifestação oral | Reconseguir atos probatórios ou anular decisões |
| Incompetência | Arguição sobre competência da 1ª Turma para certos atos | Redirecionar o processo ou provocar nulidade |
| Suspeição | Pedidos de suspeição de agentes ou magistrados | Obter declaração de parcialidade e novo julgamento |
| Reação ao relatório | Crítica ao relatório de Alexandre de Moraes; contestação de valoração probatória | Desconstruir o núcleo probatório apresentado pela PGR |
| Estratégia prática | Pedidos de exclusão de perícias e impugnação de diligências | Reduzir a força probatória e ganhar espaço processual |
Posições dos ministros e possíveis impactos do voto do relator
Veja como as opiniões individuais podem mudar o resultado do julgamento. O relatório de Alexandre de Moraes é firme e pode influenciar as discussões. Saber a ordem dos votos ajuda a entender o que está em jogo na 1ª Turma.
Relator Alexandre de Moraes: seu relatório defende o Estado Democrático de Direito. Ele aponta pressões que querem parar o Judiciário. Seu voto, que começa a sessão, guia o debate sobre provas e questões iniciais.
Como cada ministro pode agir: Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e outros ministros têm grande influência. Suas decisões sobre nulidades e provas podem mudar o curso do processo.
Cenários por maioria simples: a decisão de cinco votos define o processo. Uma condenação por maioria simples leva a uma sentença, passível de recursos. A absolvição segue a mesma regra para ser confirmada.
Impactos práticos: o voto do relator pode resolver questões importantes, como a admissão de provas. Mesmo com condenação, a pena só começa após decisões posteriores e possíveis recursos.
Ao observar os votos, note o tom de cada um. Veja como os ministros STF tratam as defesas apresentadas. Isso dá pistas sobre o resultado provável do julgamento.
Cronograma de sessões e como acompanhar ao vivo
Veja o calendário de audiências e como acompanhar o julgamento do STF. É importante saber quando assistir e o que focar na transmissão.
Calendário reservado pela 1ª Turma: datas e horários
A 1ª Turma programou oito sessões para o chamado “Núcleo 1”. Já houve sessões em 2 e 3 de setembro.
Novas datas foram marcadas: 9 de setembro com sessões às 9h e às 14h; 10 de setembro às 9h; 12 de setembro com sessões às 9h e às 14h.
Onde assistir e acompanhar a cobertura jornalística em tempo real
Você pode ver o julgamento ao vivo no canal do STF no YouTube e no site do Supremo. G1, O Globo e Estadão também transmitem e atualizam minuto a minuto.
Para uma visão completa, misture a transmissão oficial com cobertura de agências e veículos especializados. A cobertura jornalística traz resumos, contexto e entrevistas que ajudam a entender o julgamento.
O que observar ao acompanhar: sustentação, votos e decisões sobre preliminares
Atenção à sustentação oral das defesas e à exposição da PGR. A leitura do relatório por Alexandre de Moraes define o tom do julgamento.
Veja os votos dos ministros da 1ª Turma, especialmente sobre preliminares. Decisões sobre nulidades, suspeição e competência podem mudar o processo.
Registre pedidos de adiamento ou suspensão. Eles afetam prazos e o calendário de sessões STF.
Conclusão
O julgamento no Supremo Tribunal Federal volta. Isso significa que Jair Bolsonaro e membros do governo enfrentarão acusações sérias. É importante ficar de olho nas próximas etapas, como as sustentações orais e os votos da 1ª Turma.
O voto do relator, Alexandre de Moraes, pode influenciar muito. Ele pode guiar o caminho das discussões iniciais.
Os efeitos do julgamento não pararão na justiça. Há implicações políticas fortes. Se a maioria dos cinco ministros decidir, isso pode mudar o curso das ações da Procuradoria-Geral da República.
Porém, uma condenação não significa que a pena comece imediatamente. Isso só acontece depois que a decisão é definitiva, segundo o tribunal.
Para entender o caso, veja as datas marcadas pela turma. Também siga as transmissões oficiais e as notícias especializadas. Assim, você verá as consequências jurídicas e políticas. Isso ajudará a saber se o caso é visto como um julgamento político ou uma decisão técnica do Supremo Tribunal Federal.

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