Por que o Luis Flux do Supremo Tribunal Federal pode ser considerado incompetente para julgar a Ação Penal 2668 contra Jair Bolsonaro e outros acusados? E o que isso muda na Justiça brasileira?
Em 10 de setembro de 2025, o ministro Luiz Fux votou na Primeira Turma do STF. Ele discordou de Alexandre de Moraes e Flávio Dino. O foco foi a alegada incompetência do STF para julgar o caso de suposta trama golpista de 8 de janeiro.
Fux argumentou que nenhum dos réus tinha direito a julgamento no STF. Ele concluiu que o processo é nulo. Isso porque a incompetência absoluta não pode ser relativizada.
Essa decisão traz consequências importantes. Ela leva em conta o princípio do juiz natural e a imparcialidade. Além disso, afeta a segurança jurídica e os prazos processuais desde março de 2025.
Principais pontos
- Fux abre divergência na Primeira Turma do STF ao declarar incompetência.
- Pedido de nulidade do processo contra Bolsonaro e demais réus.
- Argumento baseado na ausência de prerrogativa de foro na época dos fatos.
- Enfoque no princípio do juiz natural e na necessidade de segurança jurídica.
- Possíveis efeitos imediatos sobre atos processuais e sobre o andamento da ação.
Fux abre divergência e pede nulidade do processo contra Bolsonaro por incompetên
Luiz Fux, da Primeira Turma do STF, começou uma divergência importante. Ele discordou das opiniões de Alexandre de Moraes e Flávio Dino desde o início.
Exploramos a divergência detalhadamente. A questão central é se o STF tem direito de julgar a Ação Penal 2668.
Fux argumentou que os réus não tinham direito de ser julgados pelo STF. Por isso, o processo deveria ser feito na primeira instância.
O ministro pediu a nulidade de todos os atos decisórios do tribunal. Ele quer que o processo seja considerado nulo desde o começo.
Fux acredita que uma mudança no STF, em março de 2025, pode causar problemas. Ele afirma que isso pode violar o direito de ter um juiz natural.
O pedido de nulidade também menciona o problema do “document dumping”. Isso pode levar à suspensão do processo e sua remessa para outro juiz.
Por fim, apresentamos as possíveis soluções. Elas incluem reconhecer a nulidade do processo ou enviar o caso para o Plenário. O processo de divergência continua com pedidos de medidas cautelares e definição de efeitos práticos.
| Item | Resumo | Efeito imediato |
|---|---|---|
| Descrição da divergência | Fux abriu divergência na Primeira Turma contra posicionamentos de Moraes e Dino | Sugestão de reavaliação dos atos praticados no STF |
| Argumento central | Incompetência do STF por ausência de prerrogativa de foro na época dos fatos | Remessa para primeira instância se acolhida |
| Pedido de nulidade | Declaração de nulidade do processo e atos desde o início | Suspensão de atos e retroatividade das nulidades |
| Jurisprudência contestada | Mudança de março de 2025 que manteve competência para ex-ocupantes | Risco de instabilidade e questionamento sobre juiz natural |
| Cerceamento de defesa | Alegação ligada ao “document dumping” e prejuízo probatório | Reconhecimento de nulidade parcial ou total conforme análise |
Contexto do julgamento da trama golpista no Supremo Tribunal Federal

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Mostramos o contexto do processo sobre a trama golpista. Focamos nos principais atores, acusações e o caminho até a Primeira Turma. Este caso tem grande impacto político e jurídico.
Quem são os réus e quais acusações constam na denúncia da PGR
A Ação Penal 2668 acusa o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete outros. A PGR diz que eles tentaram um golpe de Estado. Também acusam dano ao patrimônio público e crimes ligados às manifestações de 8 de janeiro.
Andamento do processo na Primeira Turma e possibilidade de julgamento pelo Plenário
O processo foi retomado na Primeira Turma do STF. Alexandre de Moraes e Flávio Dino votaram a favor da denúncia em pontos importantes.
Fux acha que a questão deve ir ao Plenário do STF. Isso porque envolve direitos de foro e questões jurídicas importantes.
Decisões anteriores do relator e votos já proferidos
O relator Alexandre de Moraes recebeu a denúncia da PGR. Ele tomou várias medidas processuais. Em votações anteriores, a Primeira Turma seguiu a linha de Moraes.
Até o voto de Fux, a Primeira Turma já votou em pontos importantes. Agora, faltam votos de Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.
Argumentos de Fux sobre ausência de competência e repercussões jurídicas
O ministro Luis Fux explica a falta de competência do Supremo. Ele diz que isso afeta muito o direito processual e a segurança jurídica.
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Fux acredita que a prerrogativa de foro é uma exceção na Constituição. No momento dos fatos, os envolvidos não tinham direito a julgamento no Supremo.
Ele argumenta que mudanças posteriores não retroagem. Isso porque o princípio do juiz natural proíbe mudanças que alterem a competência do STF.
Se houver dúvidas sobre a prerrogativa, Fux sugere que o caso vá ao Plenário. Se não houver, deve ser encaminhado para a primeira instância.
As consequências são imediatas. Se a competência for negada, todos os atos do Supremo serão anulados. Os prazos processuais precisarão ser recontados.
Isso pode levar à liberdade de pessoas presas preventivamente. Alguns crimes podem até prescrever. Isso afetaria as medidas cautelares e o andamento do processo.
Fux fala sobre o risco de instabilidade. Mudanças de entendimento podem fragilizar a confiança nas regras do STF.
Análise das contradições apontadas no voto de Fux

Exploramos pontos que geraram debate entre juristas e o público. Focamos em questões como a aceitação da denúncia e a prova de permanência. O objetivo é entender as tensões sem tomar uma posição.
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Em decisões anteriores, o Supremo permitiu a tramitação de casos. No entanto, ao votar, ministros mudaram de opinião. Isso colocou em questão atos já praticados.
Essa mudança gerou críticas sobre as contradições no voto. A aceitação da denúncia em etapas anteriores contrasta com o argumento atual. Isso cria dúvidas sobre a coerência e estabilidade das medidas adotadas.
A exigência de prova de permanência para organizações criminosas também foi destacada. Há dúvidas se a liderança contínua foi bem provada. A falta de evidências robustas torna o enquadramento mais fraco.
Juristas apontam que essa mudança pode alterar o padrão de análise do in dubio. Eles acreditam que isso pode gerar insegurança jurídica ao longo do processo.
Observações de opinião jurídica mostram receio de imprevisibilidade nas decisões do Supremo. A mudança de entendimento pode gerar recursos e novas reanálises.
Para facilitar a comparação, apresentamos um quadro com os principais elementos debatidos e suas implicações processuais.
| Elemento | Posição anterior | Argumento atual | Impacto processual |
|---|---|---|---|
| Aceitação da denúncia | Autorizou tramitação no STF em decisões colegiadas | Preliminar de incompetência que tende a anular atos | Possível reabertura de fases já concluídas |
| Prova de permanência | Elementos indicaram atuação coordenada em episódios | Questiona-se a demonstração de estabilidade e liderança | Dificulta manutenção da tese de organização criminosa |
| Organização criminosa | Acusação com base em conjunto fático-probatório | Falta de evidência sobre coesão contínua | Risco de improcedência ou desagregação da denúncia |
| In dubio | Padrão aplicado em decisões anteriores do julgamento | Interpretação mais favorável à preliminar de incompetência | Aumento da incerteza sobre parâmetro de prova |
| Opinião jurídica | Expectativa de estabilidade doutrinária | Cobertura mostra ceticismo de juristas sobre mudança | Possibilidade de novos recursos e debates doutrinários |
Posicionamentos sobre provas individuais e responsabilização criminal
O ministro Luis Fux foca em provas claras para cada réu. Ele quer que as provas individuais comprovem as acusações.
Exigência de prova específica para dano ao patrimônio
Fux busca provas que mostrem o vínculo entre a conduta e o prejuízo. Sem provas fortes, como documentos ou depoimentos, a culpa fica duvidosa.
Análise do caso Anderson Torres e omissão versus ação
Anderson Torres é um exemplo. Fux quer saber se foi uma ação ou uma omissão. Sem essa distinção, não se pode culpar automaticamente.
Tratamento de autoria mediata e liderança intelectual
Fux busca indícios de direção ou comando no caso de autoria mediata. Para liderança intelectual, precisa de provas de planejamento ou ordens.
Em resumo, sem provas fortes, é difícil culpar alguém. O ministro Luis Fux exige rigor nas provas. Isso afeta muito a responsabilização dos acusados.
Impacto do voto de Fux na acusação de organização criminosa e demais crimes
Mostramos aqui como o voto de Luís Roberto Barroso Fux mudou a acusação. Ele discutiu a prova de estrutura e permanência. Isso afetou as acusações e as ações penais.
Fux achou que a organização criminosa não era provada para alguns réus. Ele disse que não houve evidências suficientes de estabilidade e hierarquia. Essa decisão mudou a base das provas e a estratégia da acusação.
Com a exclusão da organização criminosa, as acusações restantes precisam ser reavaliadas. É preciso ver se a tentativa de golpe de Estado ainda é válida sem a organização criminosa.
O debate sobre dano e deterioração se intensificou. Há discussão sobre se esses crimes são independentes ou se são parte do golpe de Estado.
Fux enfatizou a importância de cada crime ter sua própria prova. Isso enfraquece a ideia de que crimes conexos são automaticamente absorvidos pelo golpe de Estado.
As consequências jurídicas são grandes. A improcedência parcial diminui a base das acusações complexas. Isso pode mudar a dosimetria e levar à suspensão ou prescrição das ações.
Os efeitos práticos incluem a necessidade de reavaliar as provas individuais. A continuidade das acusações depende da comprovação específica de participação no golpe. Também é necessário provar o nexo causal para dano e deterioração.
Por fim, essa mudança processual afeta decisões já tomadas. Inclui suspensões de ação penal e tratamentos diferentes para os réus. Estamos acompanhando as consequências jurídicas e as novidades do Plenário.
Reações de juristas, advogados e atores políticos à divergência de Fux
Com a divergência do ministro, o cenário jurídico e político mudou. A internet e a mídia se tornaram palco de debates. O foco está no pedido de nulidade e seus impactos.
Profissionais do direito compartilharam suas análises. Eles discutiram a coerência e as regras processuais. A discussão se concentrou nas consequências práticas para o caso.
Opiniões de Lênio Streck sobre incongruência processual
Lênio Streck criticou a possível contradição entre ações anteriores e a nova tese de incompetência. Ele alertou sobre o risco de enfraquecer o raciocínio jurídico.
Suas palavras ganharam destaque em artigos e entrevistas. Isso gerou um grande debate entre juristas e advogados.
Comentário de Kakay sobre garantismo e direitos de defesa
Kakay destacou a importância do garantismo e da defesa ampla. Ele defendeu que qualquer mudança no processo deve ser vista sob a luz das garantias constitucionais.
Sua opinião foi amplamente divulgada. Ela ajudou a aumentar o foco nas garantias processuais durante a discussão sobre nulidade.
Repercussão política e mídia sobre o pedido de nulidade
A reação política foi rápida. A direita e parlamentares do PL elogiaram o voto do ministro. Eles publicaram declarações favoráveis.
Figuras como Flávio Bolsonaro e aliados usaram o caso para ganhar apoio. Pastor Silas Malafaia e ex-integrantes do governo também se manifestaram nas redes.
Na imprensa, especialistas apontaram que o resultado na Primeira Turma ainda é desfavorável ao pedido. Isso sugere que o caso precisará ser julgado em instâncias superiores, sem garantia de uma decisão imediata.
| Ator | Posição | Impacto na opinião pública |
|---|---|---|
| Lênio Streck | Crítica técnica sobre incongruência processual | Eleva o debate jurídico e influencia especialistas |
| Kakay | Defesa do garantismo e da ampla defesa | Reforça preocupações sobre direitos processuais |
| PL e parlamentares | Notas de apoio e declarações públicas favoráveis | Aumenta a repercussão política e a mobilização nas redes |
| Mídia | Ampliação do tema e cobertura das reações jurídicas | Concentra atenção pública e pressiona decisões subsequentes |
Possíveis desdobramentos processuais após o pedido de nulidade
Exploramos os caminhos que o caso pode seguir após o pedido de nulidade. A decisão do Supremo afetará os prazos e a situação dos réus. Vamos ver cenários práticos e as ações que as partes podem tomar.
Se o Plenário aceitar
Se o Plenário decidir que não tem competência, os atos do STF serão declarados nulos. Isso fará com que o caso seja remetido para a primeira instância. Os prazos processuais serão reabertos, o que pode aumentar o risco de prescrição para crimes com prazos próximos do limite.
Se o Plenário rejeitar
Se o Plenário decidir que tem competência, o processo continuará no STF. Pode ser levado ao Plenário por questões de relevância ou foro. As partes apresentarão recursos para proteger seus direitos.
Alternativas práticas
Uma opção é a remessa para a primeira instância quando se confirma a incompetência. Se a competência for mantida, o caso pode ser levado ao Plenário. Nesse caso, recursos como habeas corpus serão usados por defesa e Ministério Público.
Impacto sobre réus presos e medidas cautelares
A declaração de nulidade pode levar à revisão de prisões preventivas. Réus presos podem pedir liberdade provisória ou revisão de suas prisões. Isso ocorre após a recontagem dos prazos processuais.
Risco de prescrição e estratégia das partes
A remessa para outra instância ou a anulação de atos aumenta o risco de prescrição. Procuradoria e defesa vão focar em evitar a perda de provas e direitos. Isso inclui habeas corpus, recursos e medidas cautelares.
Possíveis movimentos finais
As próximas decisões sobre remessa e continuidade definirão o trâmite e os prazos. Estamos atentos aos efeitos sobre os réus presos, às contagens dos prazos processuais e ao risco de prescrição.
Aspectos constitucionais e precedentes relevantes do STF
Entender os fundamentos constitucionais e os precedentes do STF é crucial. Eles ajudam a ver o impacto de pedidos de nulidade por incompetência. A jurisprudência do foro privilegiado, as normas de competência e o princípio do juiz natural são essenciais.
Jurisprudência sobre competência e foro privilegiado mudou ao longo dos anos. Em março de 2025, o STF mudou sua interpretação. Agora, ex-ocupantes de cargos podem ser julgados mesmo que não sejam mais.
Precedentes sobre nulidade por incompetência são importantes. Eles diferenciam entre incompetência absoluta e relativa. A Corte diz que a incompetência absoluta faz com que o processo seja nulo e deve ser remetido ao juiz certo.
O princípio do juiz natural e a segurança jurídica são fundamentais. Eles garantem que o juiz certo julgue o caso. Precedentes do STF mostram a importância de seguir as regras de competência para manter a confiança nas instituições.
Normas regimentais também influenciam o processo. Em 2023, o Regimento Interno do STF mudou. Agora, processos podem ser julgados em turmas e, se necessário, remetidos ao Plenário.
Quando analisam decisões anteriores, o Plenário deve considerar a mudança jurisprudencial. É importante saber se a mudança deve retroagir ou valer apenas para o futuro. Essa análise será crucial para os votos dos ministros.
| Assunto | Decisão/precedente | Efeito prático |
|---|---|---|
| Jurisprudência foro privilegiado | Revisão de março de 2025 sobre competência de ex-ocupantes | Amplia possibilidade de manter processos no STF; fonte de controvérsia |
| Nulidade por incompetência | Entendimento sobre incompetência absoluta | Gera nulidade insanável e remessa obrigatória ao juízo competente |
| Juiz natural | Precedentes que vedam tribunais de exceção | Protege previsibilidade e segurança jurídica nas competências |
| Regras regimentais | Alteração do Regimento Interno (2023) | Autoriza processamento em turmas e remessa ao Plenário em matéria relevante |
| Decisões anteriores | Julgamentos sobre 8 de janeiro e competência para julgar autoridades | Servem de parâmetro para ponderar efeitos temporais da mudança jurisprudencial |
Conclusão
Na conclusão, Fux aceita as defesas e declara que o STF não tem competência para o caso. Ele também reconhece que houve cerceamento de defesa e pede a nulidade de todos os atos. Isso mostra a fragilidade da prova e a necessidade de reavaliar o processo.
As consequências da decisão são grandes. Pode haver remessa para a primeira instância ou para o Plenário. Isso pode afetar a prescrição e as medidas cautelares. O futuro do processo depende da aceitação ou rejeição do pedido de nulidade.
Politicamente e juridicamente, há muita polarização. Há mobilização de atores públicos e debate entre juristas. O Plenário terá um papel crucial para resolver a controvérsia.
Estamos atentos aos próximos passos. Recursos, habeas corpus e pedidos de remessa serão essenciais. A decisão final do Plenário definirá o futuro do processo e suas consequências.

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